terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"...novos uniformes..."









Olá, eu sou Edvaldo e este é meu primeiro texto no Mundos Invisíveis. Claro que é também meu último "texto público" do ano. Quem frequenta a paisagem mental do Carlos Alberto talvez já tenha esbarrado em coisas minhas. Espero ser constante (quem entender o título já sacou qual é a minha com essa frase). Primeiro porque o Carlos é um dos caras que mais admiro no mundo fanzinário (só pra começar com a rasgação de seda). Segundo por que eu sempre convidei o cara pra fazer coisas fanzinárias, inclusive em meu bizarro projeto terror-pulp-tosco-trash-sem-vergonha entitulado DELÍRIO PULPZINE e ele sempre me deu bolos e mais bolos envenenados. Ele deve estar se perguntando quantas vezes eu cheguei diretamente pra ele para fazer convites dessa natureza, contando poucas nos dedos neste momento, mas meu amigo, ao que percebo, tem certa dificuldade de enxergar as entrelinhas, semelhança que guarda comigo...
Espero contribuir para que o Mundo Invisível que compartilho com D. Carlos e seus outros colaboradores não permaneça tão invisível quanto possivelmente ele acha que é, sob pena de levar um pé na bunda histórico do dono da casa, depois de tanto esperar pra estar aqui.rsrsrs. Aqui eu vejo uma oportunidade de voltar a escrever o que quer que seja num blog e estar sempre em contato com ele que é um "herói infiltrado" como tantos outros que me fascinam na capital do Forte e compartilha conosco, seus colegas jumpers, dos gostos incomuns que tão estranhos são às pessoas comuns. É um nome muito apropriado para um blog que congrega pensamentos diversos e, por que não dizer, sentimentos que muitas pessoas com as quais convivemos não ousam admitir que têm a respeito dos mundos visíveis.

Para começar uma pesca rápida da minha parcela de almas, me apresento explicando as referências que escondi nas entrelinhas do meu primeiro post aqui, as próprias constituindo uma singela homenagem ao meu anfitrião:o título é retirado de uma das músicas da Mucous Membrane, a banda do mago mais famoso dos quadrinhos, Jonh Constantine, de quem eu sou fanzão e, até onde eu sei e informações "orkúticas" dizem, D. Carlos também é. Fui lá no fundo do baú empoeirado buscar o número um da revista Hellblazer lá pela página 46 onde há a letra de "Venus of Hardsell" da famigerada banda clone do Sex Pistols da qual o ocultista fazia parte num passado anterior às suas primeiras trambelhagens em Hellblazer. Um dos versos diz: "There´s new uniformes in the Church Bazaar/fanatics´ve got the rising stars". Usar referências malucas feito essas, sem a menor esperaça de que meus interlocutores as reconheçam é uma mania (recurso) que tenho absorvido do próprio criador de Constantine, o Mago de Northampton, Alan Moore. Claro que sou podre nessa arte, que o homem domina como ninguém e ainda afirma ser um artifícil linguístico inerente à qualquer manifestação da magia, mas eu não sou mago e...só estou começando. Inclusive em meus fanzines existem muitas dessas mensagens escondidas, inclusive relacionadas ao próprio Sir Moore e suas obras. Algumas bem claras, como o desenho promocional de Vde Vingança numa das páginas do Paranóia 10. Outras muito bem plantadas em textos diversos ao longo das outras nove edições do mesmo fanzine.

Escrever é incrível. Não importa o que seja ou como seja. Não me admira que Alan ache que seja uma das principais formas de magia existentes. Estar aqui, mesmo ainda sem saber por que motivo ( como afirmo no famigerado texto iconoclasta anti-sartreano citado abaixo por D. Carlos) ou se realmente vale a pena, me trás de volta do mundo sombrio das pessoas que não lêem, não ouvem A música e sequer desconfiam da existência de um cara chamado Alan Moore. Se você chegou até aqui, puxa, você me deu um grande presente. O único maior que a oportunidade real de me dirigir a você. Se puder experimentar o quanto é bom escrever pra alguém que você sabe que vai "te" ler e gostar do que está lendo , escreva pra mim. Pra nós.rsrsrsrs. Feliz Ano Novo, você.

Um comentário:

Carlos Alberto disse...

Eita Cabrón, yo soy una farça miesmo. No participê de tua revista. Quantos vacilos.
Mas agora, tu estás aqui.

:)