quarta-feira, 25 de novembro de 2009

DOS SONHOS INTRAQUILOS.



Depois de certo tempo sem gravar, o cantor pernambucano Otto chegou com um novo disco denso, com letras instigantes. Um disco bem diferente dos eletrônicos bits de seu primeiro "Samba Pra Burro".

"Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos", disco lançado por estes meses, traz um clima meio cavernoso, denso, com músicas instigantes, bem compostas. Como a que abre o disco, intitulada "Crua", e "Agora Sim", que fecha o disco, essa repletas com palavras, junção de palavras, idéias. Em outras músicas Otto fala de seus orixás, "Janaína", tudo isso com batuques bons. As letras do disco falam muito de saudade, desejo, alegria e tristeza, como na psicodélica e talvez mais rock do disco "6 Minutos".

Fazendo referencia ao livro “A Metamorfose” do escritor Kafka com o título do disco, Otto trabalhou com parceiros. Parceiros como a cantora Céu, que canta com ele a música “Leite”, e Julieta Venegas que canta em duas belas canções, “Lágrimas Negras” e “Saudade”. Outro que participou do disco foi Lirinha, vocalista da banda Cordel do Fogo Encantado declamando sobre o tempo e desejo na música “Meu Mundo”.

Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos, disco que têm tocado bastante no lado de cá.

Para quem quiser dar uma conferida no novo trabalho de Otto, pode vir aqui e baixar.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ME CHAMEM REVOLUÇÃO.

Eu sou
Eu sou a mentira fingida
Em meus versos reinventada
Eu sou a tristeza contida
Nas sombras mortas do passado
Eu sou a solidão que caminha
No meio da multidão sem vida
Eu sou a rebeldia ferida
Nos complexos confins da lida
Busco nas mulheres o amor
Lírica exclusiva da minha fadiga
Eu sou a verdade incontida
No ventre da mulher querida
Eu sou a mentira reinventada
Na cara da mulher - perfídia
- Eu sou a poesia sonhada
- Em seus versos reinventada
ME CHAMEM
Enquanto houver a chama
Enquanto houver a fala
Me chamem revolução
A causa me incendeia
A chama já ilumina
Quero-me forte e sonho
Enquanto houver auroras
A causa se fizer cadente
Me sinto grito ardente
Enquanto vibrar a fala
A causa se fizer em chama
De novo a liberdade clama
Me chamem revolução.

Neste dia 10 de Novembro faleceu o escritor Manoel Coelho Raposo.

O escritor foi junto a Carlos Emílio Correa e outros companheiros um dos fundadores da Revista Literária O Saco aqui em Fortaleza.
Manoel foi escritor poeta, militante político, sociólogo, editor, jornalista. Escrevia poesia sobre a vida e suas transformações, sobre o ser social, sobre cantos de rebeldia amor e nostalgia.
Aos 76 anos Manoel Coelho foi chamado para subir. Ficou aqui uma perda para a literatura cearense.
Para ler mais venha aqui, e aqui.

domingo, 8 de novembro de 2009

RETRATO ESCRITO.

Fantasmas

Dentro de nós existe a vontade do encontro
Eu sei que existe
Talvez você já tenha passado por mim

E eu, na minha busca deixei de te achar
Talvez eu tenha passado por você e não nos percebemos

Talvez você nem exista
Ou só existe em mim
Talvez eu não exista pra você
Como um fantasma que teima em aparecer
Que não se vê, muito menos se toca...
Mas de alguma forma se sente






Texto da Dan, retirado de seu blog Um Retrato Escrito Com Pensamentos.