domingo, 27 de dezembro de 2009

OS MELHORES DE 2009.

Fim de ano, e junto com ele os sites e blogs na internet junto com as revistas nas bancas mandam sempre aquelas listas dos “melhores do ano”. No caso deste fim de 2009, os sites devem quem sabe mandar listas dos melhores da década ou coisa assim. Então são as listas dos melhores filmes do último ano ou dos últimos 10 anos, e listas de melhores bandas, músicas e o que mais vier, às vezes parece não ter fim.
Eu também queria fazer uma lista do melhores deste ano no cinema ou na música, mas acaba que neste 2009 devo ter ido ao cinema umas 12 vezes, e os discos que escuto nem sempre condizem com os lançamentos do momento. Então lembrei que como bom (ou ruim) virginiano que sou, tenho minhas próprias listas, a velha mania de catalogar as coisas, como por exemplo, os livros que leio. Tenho essa mania dês de 2004 acho, depois de um tipo de trato que fiz com um amigo na época. E não sei se influenciado pela lista dos 99 livros para 2009 que o poeta Amirton Alves escreveu, resolvi compartilhar com quem lê este blog a lista de meus livros lidos em 2009, o bom tempo que passei fazendo umas das coisas que mais gosto de fazer.
Neste 2009 surpreendemente acabei batendo o recorde de 2007 que foi 47 livros lidos e fui para 70 livros lidos no ano, um bom número até. Claro, o grande lance não são quantos livros você lê em um ano, mas sempre quais livros você lê, e como eles servem para você, como te transformam. As grandes mudanças sempre vêm das experiências na vida, mas passar um tempo deitado lendo um livro, também é uma boa experiência.
Então, sem muita enrolação, aqui vai a lista de meus 70 livros lidos em 2009. Vê aí se você também leu o algo que eu. Ano que vêm têm mais leitura. Então, bom ano novo para todos, nos vemos em 2010.
Poesia
Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo – Manoel de Barros
Minha Vida em Versos Livres – Hannah Abraão/Klycia Fontenele
La Vie Em Close – Paulo Leminski
A Báscula do Desejo – Carlos Augusto Viana
Ruínas do Silêncio – Floriano Martins
Poemas Escolhidos – Emily Dickinson
Eu e Outras Poesias – Augusto dos Anjos
Sombras de Mim – Evandro Cosme
IX Prémio Ideal Clube de Literatura – Vários Autores
Cantos de Rebeldia Amor e Nostalgia – Manoel Coelho Raposo
Psia – Arnaldo Antunes
Alguns, Alguma Poesia Recente do Ceará – Vários Autores
Simplesmente Drummond – Carlos Drummond de Andrade
Claro Enigma – Carlos Drummond de Andrade
Os Quatro Elementos – Francisco Carvalho, Jorge Tufic, Luciano Maia, Virgílio Maia
Solstício de Inverno – Álvaro Pacheco
Quintana de Bolso – Mário Quintana
Taquara Rachada – Dora Ribeiro
A Palavra e a Palavra – Horácio Dídimo
Poesia Reunida – Martha Medeiros
Poemas Rupestres – Manoel de Barros
Um Poeta na Cidade e no Tempo – Moacyr Felix
As Metamorfoses – Murilo Mendes
O Impostor – Ronaldo Bressane
O Herói Hesitante – Danislau Também
Últimos Poemas (O Mar e os Sinos) – Pablo Neruda
Melhores Poemas, Paulo Leminski – seleção de Fred Góes e Álvaro Martins
A Fábrica do Feminino – Paula Glenadel
O Lacre do Silêncio – José Telles
Conto
Histórias de Amor – Adolfo Bioy Casares
Ofos – Carlos Emílio Corrêa Lima
O Cortejo do Divino e Outros Contos Escolhidos – Nélida Piñon
A Saga dos Rodrigues – Daniel Arruda
A Estranha Máquina Extraviada – José J. Veiga
Parati Para Mim – Chico Matoso, João Paulo Cuenca, Santiago Nazarian
Você Deve Desistir Osvaldo e Outras Histórias Escolhidas – Cyro Martins
Estórias da Casa Velha da Ponte – Cora Coralina
Novela
A Volta do Parafuso, seguido de Daisy Miller – Henry James
A senhora do Gelo – Fernando José Karl
A Piscina da Mansão dos Hoopers – Fernando José Karl
Romance
Lolita – Vladimir Nabokov
As Meninas – Lygia Fagundes Telles
A Sangue Frio – Truman Capote
O Sol Também Se Levanta – Ernest Hemingway
O Jogador – Fiódor Dostoiévisk
Pedra e Flor – Cleudes Pessoa e Klycia Fontenele
Branco Neve, Vermelho Rússia
– Dorota Maslowska
Ambição no Deserto – Albert Cossery
As Virgens Suicidas – Jeffrey Elgenides
Sombras de Reis Barbudos – José J. Veiga
Mar Morto – Jorge Amado
1933 foi um Ano Ruim – John Fante
Meia Vida – V.S. Naipaul
Os Mímicos – V.S. Naipaul
Vestido de Flor – Carlos Eduardo Lima
Madame Bovary – Gustave Flaubert
A História de Fernão Capelo Gaivota – Richard Bach
Longe é um Lugar Que Não Existe – Richard Bach
Factotum – Charles Bukowski
Buddy Bolden’s Blues – Michael Ondaatje
Viagem ao Centro da Terra – Júlio Verne
Canoas e Marolas – João Gilberto Noll
Teatro
Romeu e Julieta – William Sakespeare
História
Brasil: Terra à Vista – Eduardo Bueno
Hans Staden, Duas Viagens ao Brasil – Hans Staden
Entre o Futuro e o Passado, Aspectos Urbanos de Fortaleza (1799-1850) – Antonio Otaviano Vieira jr.
Espiritismo
Mediunidade – Carlos A. Baccelli e Odilon Fernandes
O Outro Lado da Vida – Sylvia Browne com Lindsay Harrison
Cinema
O Que é Cinema – Jean-Claude Berbardet
Música
Rumo à Estação Islândia – Fabio Massari

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

DOS SONHOS INTRAQUILOS.



Depois de certo tempo sem gravar, o cantor pernambucano Otto chegou com um novo disco denso, com letras instigantes. Um disco bem diferente dos eletrônicos bits de seu primeiro "Samba Pra Burro".

"Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos", disco lançado por estes meses, traz um clima meio cavernoso, denso, com músicas instigantes, bem compostas. Como a que abre o disco, intitulada "Crua", e "Agora Sim", que fecha o disco, essa repletas com palavras, junção de palavras, idéias. Em outras músicas Otto fala de seus orixás, "Janaína", tudo isso com batuques bons. As letras do disco falam muito de saudade, desejo, alegria e tristeza, como na psicodélica e talvez mais rock do disco "6 Minutos".

Fazendo referencia ao livro “A Metamorfose” do escritor Kafka com o título do disco, Otto trabalhou com parceiros. Parceiros como a cantora Céu, que canta com ele a música “Leite”, e Julieta Venegas que canta em duas belas canções, “Lágrimas Negras” e “Saudade”. Outro que participou do disco foi Lirinha, vocalista da banda Cordel do Fogo Encantado declamando sobre o tempo e desejo na música “Meu Mundo”.

Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos, disco que têm tocado bastante no lado de cá.

Para quem quiser dar uma conferida no novo trabalho de Otto, pode vir aqui e baixar.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ME CHAMEM REVOLUÇÃO.

Eu sou
Eu sou a mentira fingida
Em meus versos reinventada
Eu sou a tristeza contida
Nas sombras mortas do passado
Eu sou a solidão que caminha
No meio da multidão sem vida
Eu sou a rebeldia ferida
Nos complexos confins da lida
Busco nas mulheres o amor
Lírica exclusiva da minha fadiga
Eu sou a verdade incontida
No ventre da mulher querida
Eu sou a mentira reinventada
Na cara da mulher - perfídia
- Eu sou a poesia sonhada
- Em seus versos reinventada
ME CHAMEM
Enquanto houver a chama
Enquanto houver a fala
Me chamem revolução
A causa me incendeia
A chama já ilumina
Quero-me forte e sonho
Enquanto houver auroras
A causa se fizer cadente
Me sinto grito ardente
Enquanto vibrar a fala
A causa se fizer em chama
De novo a liberdade clama
Me chamem revolução.

Neste dia 10 de Novembro faleceu o escritor Manoel Coelho Raposo.

O escritor foi junto a Carlos Emílio Correa e outros companheiros um dos fundadores da Revista Literária O Saco aqui em Fortaleza.
Manoel foi escritor poeta, militante político, sociólogo, editor, jornalista. Escrevia poesia sobre a vida e suas transformações, sobre o ser social, sobre cantos de rebeldia amor e nostalgia.
Aos 76 anos Manoel Coelho foi chamado para subir. Ficou aqui uma perda para a literatura cearense.
Para ler mais venha aqui, e aqui.

domingo, 8 de novembro de 2009

RETRATO ESCRITO.

Fantasmas

Dentro de nós existe a vontade do encontro
Eu sei que existe
Talvez você já tenha passado por mim

E eu, na minha busca deixei de te achar
Talvez eu tenha passado por você e não nos percebemos

Talvez você nem exista
Ou só existe em mim
Talvez eu não exista pra você
Como um fantasma que teima em aparecer
Que não se vê, muito menos se toca...
Mas de alguma forma se sente






Texto da Dan, retirado de seu blog Um Retrato Escrito Com Pensamentos.

domingo, 18 de outubro de 2009

VERTIGO NAS BANCAS?

Quando falo que a Pixel Média Magazine foi a melhor revista de quadrinhos que rolava nas bancas, poucos são os que acreditam. Mas o fato é que depois de um ano de vida trazendo o melhor dos quadrinhos recentes para as bancas brasileiras e tendo um fim sem muitas explicações (até tentei ter uma conversa com o antigo editor da revista, mas esse nem me respondeu a mensagem) ficou um buraco nas prateleiras nas bancas nas sessões de quadrinhos. Buraco que parece que agora será preenchido pela Editora Panini com a edição mensal Vertigo. No site da editora estão falando desta edição para este mês de outubro com 5 títulos quase nos mesmos moldes da antiga Pixel Média. A revista que ainda não chegou às bancas cearenses é prometida com os títulos Hellblazer, Sandman Apresenta – A Tessaliáda, Escalpo, Vikings e Lugar Nenhum. A Panini também promete o lançamento de encadernados dos títulos DMZ, Y – O Último Homem e Freqüência Global, também títulos já lançados mensalmente pela finada Pixel.

Agora é esperar que esta promessa chegue mesmo às bancas, e que continue. Vale lembrar que a Pixel saiu de cena deixando incompletos os arcos de Hellblazer, Y - o ultimo homem e Ex Machina. Será se a Panini resolve isso pra agente? Será bem vinda a revista com título do meu selo predileto dos quadrinhos.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

The Times They Are A-changing




Lembro dos anos sessenta quando eu ouvia Buddy Holly desde quando acordava até a hora do almoço. Depois de comer, punha uma camiseta, meus óculos de armação grossa e caminhava um pouco debaixo do sol quente até a banca do Alfredo para trocar figurinhas de alienígenas com ele. Comprava alguns exemplares antigos de gibis do Superman e voltava pra casa. Me trancava no quarto, colocava um pouco de Elvis na vitrola e ia escrever histórias de ficção científica para passar o tempo. À medida que a tarde passava, saia Elvis, entravam Troggs, Beattles, Kinks, Animals. E eu amava Bob Dillan apesar de ser só um cara com um violão e uma voz anasalada, na época muito estranho pra caras como eu. Mas o fato dele falar coisas que eu realmente achava importante me dava a impressão de que pelo menos uma pessoa nesse mundo tava realmente afim de simplificar as coisas pra mim, ao invés do contrário.



De tarde eu tomava um banho, vestia uma calça de brim, uma camisa branca por dentro, meu cinto de fivela dourada, sapatos bem engraxados, colocava meu chapéu preto meio que de lado e ia à praça conversar com outros cavalheiros que, como eu, não viam problema nenhum em tomar uma cervejinha, conversar sobre rock´n´roll, filme de terror e atrizes gostosas como Brigitte Bardot.
À noite, sempre tinha festa na casa de alguém. Havia uma loira de nome Glória. Nunca chegamos a ficar juntos, mas sei que ela tinha uma queda por mim, pois sempre estávamos a trocar olhares e ela sempre sorriu pra mim. A possibilidade de dançarmos era o que tornava aquelas noites mágicas. Um dia, consegui chamá-la para uma dança. Ela era daquelas menininhas de beleza inocente que sempre está acompanhada de suas amigas, com seu risinho tímido e meigo, de voz suave e um perfume natural e inebriante que me deixava sonhando por semanas. Eu era um garoto meio desbocado que as mães das meninas detestavam e com quem as proibiam de falar, mas com quem elas não conseguiam deixar de falar. Daqueles que causam problemas de verdade e acham muito divertido ver o circo pegar fogo. Tudo isso fazia daquele um tempo muito bom. Me lembro de como sempre achava que estava vivendo na época certa, apesar de toda a porcaria pela qual o mundo estava passando. Uma guerra falsa que era uma ameaça verdadeira, os preconceitos e a repressão. De certa forma, até aquela tensão toda era boa. Era bom ser jovem e esperto o bastante para saber e ter consciência de tudo e mesmo assim não ligar pra nada a não ser música, cinema, mulher e confusão. Eu amei minha juventude.
Só que há um problema: nada disso aconteceu. Eu não sou esse cara. Nem sei de onde ele saiu. Faz tempo que ele mora em mim, acho que ainda era garoto quando ele surgiu. Tenho uma saudade imensa desse tempo, a ponto de chorar algumas vezes, vendo as fotos de todas as pessoas com quem eu andava, lendo cartas delas, falando com uma ou outra ao telefone sobre aquelas aventuras...mas nada disso existiu. Sinto-me velho como esse cara seria hoje, mas eu não sou ele.
Como posso explicar isso? Não há outro jeito senão imaginando que esse rapaz é um eu diferente de uma realidade paralela qualquer, gritando através da sangria cósmica que existem coisas legais para serem vividas, que eu não sou tão velho quanto o mundo e as circunstâncias me fazem acreditar que sou e que eu devia jogar algumas coisas para o alto antes de ser engolido por todo o tempo que não vivi.
Quando paro pra pensar nos acontecimentos do mundo vejo que nossa época é bem parecida com aquela. Uma juventude desatenta e inconseqüente, uma ameaça nuclear assombrando os jornais e a esperança invisível de que do nada alguém muito especial apareça para mudar as coisas.
Não sei o quão triste me sinto por quase não me lembrar de nada do meu próprio passado e sentir tanta falta da vida desse meu eu alternativo. Acredito que na história jamais houve um tempo em que não se estivesse em crise. A luta pela sobrevivência nos domina, ofusca nossa percepção e liquidifica nossas aspirações e sonhos, tudo é sempre uma névoa de preocupação e o esforço é imenso por construir um amanhã que não deixa de ser incerto. Quanto mais se pensa, menos se entende como a humanidade caminha.
Mas as coisas estão mudando. Os tempos estão sempre mudando. O que não muda é o fato de que jamais saberemos no que tudo vai dar, por mais que queiramos ter o controle de tudo. E acho que os momentos do passado que nossos “eus alternativos” mais sentem saudades, nesses tempos obscuros de solidão e loucura, são daquelas noites lindas em que o espírito ficava leve ao som de músicas de amor e se podia muito bem flertar com a Glória. Sem culpa alguma, sem qualquer pudor.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

NEAL CASSADY ROUBOU MEU MAVECO ENQUANTO EU ESTAVA COM AS VADIAS DO JAMES BROWN!!!

Acabei de ver que dia 03 deste mês de Outubro que já vai começar, vai ser o lançamento do novo livro do Ricardo Carlaccio; "Dois Minutos de Gasolina Para a Meia Noite". Como está escrito no cartaz virtual aí, vai acontecer no Sebo do Bactéria. Se eu morasse por aquelas bandas, mesmo com a liseira que me encontro no momento eu iria aparecer para comprar o livro. Como estou bem distante o negócio vai ser pedir via correio. Como está escrito em seu blog Neal Cassady Roubou Meu MavecoO livro tem 84 págs no formato de 12 x 18 cm e custa $$$$ 10 reais. Pra comprar, vai aí meu e-mail: ricardocarlaccio@hotmail.com". Para conhecer seus contos você pode vir em seu blog de contos e outras sacanagens As Vadias do James Brown. Mesmo com a distância vamos nessa, porque Neal Cassady Roubou Meu Maveco enquanto eu estava com As Vadis do James Brown.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

PARÁGRAFO...

Não sei o que têm acontecido, não sei se o problema é comigo, com o blogspot ou simplesmente com este blog, mas não tenho conseguido colocar parágrafos nos textos escritos. Quem pouco vêm aqui e pouco lê já deve ter percebido a falta de parágrafos, ou quem sabe não tenha percebido. Os textos têm ficado assim, completamente unidos e assim dando uma impressão de que são bem mais longos do que originalmente, e ler textos longos é exatamente o que ninguém quer nessa tal de internet, no fundo isso aqui acaba sendo para muita gente como no tempo em que só víamos livros com figurinhas, pouca gente passa realmente seu tempo lendo o que um outro têm a escrever. De toda forma, não sei se é só aqui neste blog este problema com a falta de parágrafo. Se alguém tiver percebido o mesmo com seu blog ou com outros blogs e saiba resolver o problema deixa uma mensagem. Não tenho colocado poemas no blog por causa disso. Qualquer coisa, se não resolver isso, desfaço esse mundo invisível. Ou deixo como tudo está e crio outro blog.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O FIM DE TODOS OS SONHOS.

Finalmente aqui está um homem que não tem medo da emoção”, isso quem dizia era o velho Charles Bukowski, fã do escritor John Fante, e que depois de conseguir certa notoriedade dentro do meio editorial trabalhou duro fazendo a cabeça de seus editores para publicarem as obras do escritor. Conta-se que Bukowski exigiu a sua editora que reeditasse romances de Fante como condição para continuar publicando suas obras por tal editora. E quem era Charles Bukowski, quem ele pensava que era para exigir tal coisa a seu editor? E quem era John Fante, para ser reeditado via olhares dos outros já que em vida não conseguiu tanta notoriedade assim? Quem eles eram?! Porra, eram escritores! E escritores escrevem e pensam que escrevem, e escrevem mais ainda por causa disso e é isso que fazem, é isso que os salvam da maldita vida comum, é isso que é o paraíso para eles, e o inferno também. Porque não acreditam em vida pós-morte, se não, não estariam trabalhando tão profundamente tentado deixar suas marcas neste mundo de esquecimento em que vivemos. Eles eram escritores, e escrever foi aquilo que lhes salvavam.
E o que nos salva, nós homens e mulheres comuns? O que nos salva da vida e do cotidiano de todos os dias?
Finalmente aqui está um homem que não tem medo da emoção”. Realmente, isso é verdade, e ficou mais claro para mim depois que li 1933 Foi um Ano Ruim, livro que nem foi publicado enquanto Fante era vivo, e que só chegou aqui no Brasil nos anos 80, e que só me caiu nas mãos em Julho deste ano, depois de ir a um show que eu nem queria ir e esperar uma hora embaixo de chuva por uma cantora que eu nem queria ao menos ver ao vivo, e depois da cantora subir no palco e cantar três músicas eu ter que sair e passar uma noite esperando para realmente chegar em casa. Encontrei o livro em uma banca de revistas aberta em plena meia noite de sábado, banca de um velhinho que me olhava o tempo todo de modo desconfiado como se eu fosse roubar o livro que eu olhava como se fosse um achado, um tipo de mapa do tesouro. De toda forma foi um mapa, um mapa que levava para dentro de mim.
Em 1933 Foi Um Ano Ruim, John Fante conta de sua forma autobiográfica a estória de Dominic Molise, um adolescente muito próximo de completar 18 anos, filho de um pedreiro que há sete meses não trabalha e passa os dias dentro de um bar jogando sinuca para ganhar algum trocado para colocar dentro de casa, filho de uma mãe que passa os dias rezando para que Nossa Senhora traga um futuro melhor e o marido para dentro de casa. Dominic, neto de uma avó ranzinza que só pensa em como a América é a destruição do mundo e sonha em voltar para seu país de origem, sua casa. Dominic, irmão de um garoto de 15 anos que sonha em ser herói de filmes de caubói. Dominic, irmão de uma garota que sonha em ser freira. Dominic Molise, que sonha em se tornar jogador de baseball e que pouco a pouco é destruído pela realidade. Um sonhador, vindo da família de sonhadores, pessoas comuns que fazem este mundo continuar rodando e que por muitas vezes assistem na primeira fila ou em camarotes desorganizados seus próprios sonhos serem destruídos dia pós dia para que este mundo continue rodando e que suas vidas continuem seguindo, porque seguir é a única coisa que se pode fazer, já que desistir é visto pelos outros como caminho mais fácil e assim mais rêpuguinante.
Finalmente aqui está um homem que não tem medo da emoção”. Realmente, um homem que não tem medo da emoção, de demonstrar emoção, sua própria emoção, e de mostrá-la aos outros. Fante, como depois o velho Bukowski, os dois escreviam retirando coisas de suas próprias vidas, livros com dados autobiográficos, vidas contadas em livros para todos no mundo ler. Eles escreviam com o que tinham, com o que sabiam, sobre o que sabiam escrever, suas próprias vidas. John Fante usava sua vida para contar suas estórias, e contar estórias é tudo o que um escritor tem a fazer, a partir daí quem lê vê o que quer ver, mais um escritor só têm isso para fazer, contar estórias, nada mais além disso. É isso o que os salva, é isso que os salvam do desaparecimento que existe dentro dos dias comuns. É isso que os levam para o paraíso.
E o que nos salva de nossos dias tão comuns? O que te liberta, o que te salva de você esquecer que você é você e não um outro que querem que você seja? O que te liberta deste mundo de esquecimentos que nos soterra diariamente e por vezes tira os sonhos de quem sonha?
Bom, uns bebem, outros fumam, uns jogam, outros fodem. Existem os que trabalham e outros que finge estudar. E eu não sei você, mas eu, eu leio.


1933 Foi Um Ano Ruim – 1933 Was a Bad Year
John Fante
Tradução: Lúcia Brito
Editora L&PM Pocket
138 Páginas



quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DISTÂNCIAS.

e. diz:
O que está lendo?
Carlozzzz diz:
"Ambição no deserto" do Albert Cossery
e. diz:
No conosco.
Carlozzzz diz:
É, tem muita gente que não o conhece. Li uma resenha sobre um outro livro deste autor; "As cores da infância", fiquei curioso, mas não encontrei. Encontrei o "Ambição..."
e. diz:
Tá gostando do livro?
Carlozzzz diz:
Sim, é bem interessante. Fala de amizade, amor, um pouco de luxúria, ambições, vida que segue e toma caminhos diferentes daqueles que você imaginava quando criança.
e. diz:

É o livro das nossas vidas.

É verdade, pode-se dizer que o livro "Ambição no Deserto" do escritor Albert Cossery é um livro de nossas vidas, é um livro que traz pedaços da vida de cada um.

Cossery tece uma trama que se passa em um emirado Árabe, entre Samantar, um homem que tem como prazeres na vida contemplar a própria vida e fazer amor com jovens adolescentes, Bem Kadem, um primeiro ministro, Hicham, um músico que canta pelo simples fato de ter prazer nisso e Shaat, um tipo de fora da lei, que usa o cinismo como arma quando conversa. Contando a estória destes 4 amigos de infância que se vêem distantes demais do que pensavam em se tornar quando eram crianças, Cossery fala do amor dos homens pelas mulheres, pelo sexo, pelo prazer sexual ou pelo simples fato de viver e se deixar viver até onde a vida possa levar. Fala do amor que circunda as amizades e da vida que toma caminhos opostos daqueles que tanto se sonha quando criança.
Viver é coisa de adulto, e viver a vida é algo por vezes tão difícil de fazer, por vezes quase impossível. Cada personagem do livro tenta viver sua vida da melhor maneira, enquanto um tipo de revolução se forma trazendo quem sabe mudanças para a miserável cidade onde moram, uma cidade esquecida até pelas cidades vizinhas, pelo simples fato de não trazer petróleo embaixo de suas terras. Neste contexto de pobreza, Cossery fala sobre as ambições humanas, os sonhos de riqueza, de poder e revolução. Enquanto Samantar se preocupa com bombas que são atiradas destruindo prédios públicos da cidade e assim trazendo confusão e incertezas retirando a paz que tanto era presente à cidade, Bem Kadem pensa que com essa possível revolução traga os olhos da humanidade para seu pobre emirado.
Ambição, poder, alguns dos sentimentos que movem as sociedades. Alguns falam que "Ambição no Deserto" é um livro sobre a resistência ao capitalismo, à globalização, ao capitalismo desenfreado e todas as promessas de uma boa vida repleta de felicidades que o dinheiro pode trazer. Tudo aquilo que pode ser extremamente vazio, mas que nos faz acordar todos os dias.
Albert Cossery nasceu no Cairo em 1913 e morou em Paris por muito tempo de sua vida em um mesmo quarto de um hotel em Saint-Germain-des-Prés. Amigo de muitos escritores e intelectuais, logo se tornou um dos grandes nomes da literatura francesa contemporânea com sua técnica que ganhou certa fama de “escrever uma frase por dia” como ele mesmo falava. Cossery que era um grande defensor da preguiça publicou oito livros durante sessenta anos de vida à literatura. Faleceu aos 94 anos em 22 de junho de 2008. Alguns de seus títulos como “Ambição no Deserto”, “As Cores da Infância” e “Mendigos e Altivos” foram publicados aqui no Brasil pela Editora Conrad, e você pode dar uma conferida nos preços e pacotes que a editora seleciona com os livros do autor.

Ambição no Deserto (Une Ambition Dans Le Desert – 1984) de Albert Cossery.
Editora Conrad.
Tradução de Dorothée de Bruchard.
247 páginas.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A PERDA DA INOCÊNCIA.

"Isso tudo, porém, é como caçar o vento. A essência dos suicídios não consistia em tristeza ou mistério, mas em simples egoísmo. As garrotas apossaram-se de decisões que é melhor deixar entregues a Deus. Tornarem-se poderosas demais para viver conosco, preocupadas demais consigo mesmas, visionárias demais, cegas demais. O que arrastavam atrás de si não era a vida, que é sempre vencida pela morte natural, mas a mais trivial lista de fatos mundanos: um relógio na parede marcando seu tique-taque, um quarto em penumbra no fim da tarde, e a afronta de um ser humano pensando apenas em si mesmo. Seu cérebro apagando-se para o resto, mas chamejante em exatos pontos de dor, feridas pessoais, sonhos perdidos. Todas as pessoas amadas retrocedem como se afastadas sobre uma grande superfície de gelo, reduzidas a pontos pretos que agitam os braços e já não se ouvem. E então a corda lançada por cima da viga, os soníferos despejados na palma da mão onde a linha da vida é longa e mentirosa, a janela aberta, o forno ligado, qualquer coisa. Elas nos fizeram participar de sua loucura, porque não podíamos deixar de repisar seus passos, repensar seus pensamentos, e ver que nenhum deles conduzia a nós. Não podíamos imaginar o vazio de uma criatura que encosta uma navalha nos pulsos e abre as veias, o vazio e a calma. E tivemos que lambuzar nossos focinhos em suas últimas pegadas, marcas de lama no chão, malas chutadas debaixo dos corpos, tivemos que respirar para sempre o ar dos quartos em que se mataram. No final, não importa quantos anos tinham ou o fato de serem garotas, mas somente que as amamos e que elas não nos ouviram chamar, ainda não nos ouvem, aqui em cima na casa na árvore, com nossos cabelos ralos e nossas barrigas moles, chamando-as para fora daqueles quartos aonde foram ficar sozinhas para sempre, sozinhas no suicídio, que é mais fundo que a morte, e onde nunca encontraremos os pedaços para tornar a juntá-las.
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É dessa forma que Jeffrey Eugenides termina seu romance “As Virgens Suicidas”. Dessa forma Eugenides resume linda e emocionalmente a estória inteira do livro, em uma página apenas ele resume outras 205 páginas de uma estória bela, contada com um tom melancólico de perda, de quem perde um irmão, pai ou mãe, de quem perde um amigo, de quem perde a inocência ou a simples razão de viver, de continuar. De quem perde um amor.
As Lisbon tinhas 13 anos (Cecília), 14 (Lux), 15 (Bonnie), 16 (Mary) e 17 (Thereza)... Ninguém conseguia entender como o Sr. E a Sra. Lisbon haviam produzido filhas tão bonitas.
“As Virgens Suicidas”, primeiro livro de Eugenides foi publicado em 1993 e em pouco tempo ganhou adaptação para o cinema por Sofia Coppola, uma bela adaptação deve se dizer. No livro, o autor conta a história da família Lisbon, uma família americana nos anos 70, e das cinco garotas que precipitadamente decidem se retirar do mundo. Narrativa contada pelos garotos da vizinhança, os garotos que eram silenciosamente apaixonados pelas meninas e que continuaram por toda a vida. Uma paixão sem resolução, como nunca foi encontrado por eles a resolução para o mistério do que as garotas carregavam dentro delas, qual tristeza tinham, embora o livro inteiro seja uma procura por um rastro, um sinal do que existia dentro das adolescentes que decidiram se matar.
– Evidentemente, doutor – disse -, o senhor nunca foi uma garota de 13 anos.
E como foi escrito na contracapa do livro, “As Virgens Suicidas” não é um livro triste, realmente não. “As virgens Suicidas” é uma estória de amor, contada de uma forma bela, um pouco melancólica, porque sempre existe certo tipo de melancolia em perder a inocência, em perder o sentido de viver. Mas a estória contada por Eugenides que tão belamente tenta entrar no universo feminino de uma forma profunda através das garotas Lisbon, é uma estória de amor, de garotos que se tornam adultos e ainda apaixonados por garotas de suas adolescências, pelo que elas significavam, pelo gosto doce que é ser jovem, e o amargo que é perder tudo isso de uma hora para a outra.

As Virgens Suicidas - The Virgin Suicides
Jeffrey Eugenides
Tradução: Marina Colasanti
Editora L&PM com parceria com Editora Rocco.
206 páginas.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

INFAME!


Com dois casos detectados da gripe suína no Forte Fortaleza (seria o fim do mundo chegando?), Everton, o infame cartunista, manda a velha ignorância cearense no seu Blog Infame.

terça-feira, 16 de junho de 2009

ADIAMENTO!!!!

Para os alunos do Modelo e do CQB, peço minhas sinceras desculpas pelo adiamento das postagens dos td´s e correções prometidos para hoje. É que amanhã vou ter uma prova de Fisiologia na faculdade e infelizmente não poderei elaborar o material. mas na sexta-feira estará disponível, no máximo. Abraços.

SOBRE CARTAS E PESSOAS.


Existe sempre alguma palavra dentro de nós, presa, escondida, nunca revelada. Existe sempre alguma coisa a ser dita sobre algo vivido, ou algo que se deixou de viver. Experiências, vida que segue sem pedir licença, o tempo que passa e as pessoas que se conhece e depois nunca mais encontramos no resto da vida. Um amor de uma noite, um amor de carnaval, um amor para sempre e depois o sempre como algo sempre a ser procurado, e nunca encontrado. O melhor amigo que você tinha quando era criança, o que era para ser para sempre e nunca mais foi encontrado. Existe sempre algo a ser dito, existe sempre algo para falar para alguém. Existe sempre tudo aquilo que eu queria te dizer, mas que nunca disse. A carta escrita e nunca enviada. A palavra nunca proferida. Tudo. Tudo que eu queria te dizer.
Tudo que eu queria te dizer é a adaptação para o teatro do texto com mesmo título da escritora Martha Medeiros, uma das boas vozes femininas da literatura contemporânea brasileira. Adaptação feita pelo grupo cearense Cia. Lai-tu. Adaptando o texto para o teatro o grupo trata da comunicação estabelecida entre as pessoas via cartas, o que você tem a falar. Essa comunicação entre missivistas que nos dias de hoje está cada vez mais distante e que para alguns parece tão irreal esperar uma carta, escrever uma carta. Por que escrever uma carta para alguém se você pode deixar tudo dito via recado de Orkut, Via e-mail?
A peça dirigida por Thiago Arrais, traz as atrizes Alexandra Marinho e Andréa Piol dialogando com os músicos Ayrton Bob Pessoa, Glauco Leandro e o público. Sobre os sentimentos guardados, tudo aquilo que por vezes se passa dentro, mas que por muitas vezes não é externado. Preconceitos, vazios, solidão, medo, força, arrependimento... Uma carta escrita para um amigo que já morreu. A carta que a mãe viva deixa explicando para os filhos como ela quer que seja depois que não estiver mais no mundo físico.
Uma bela peça bem encenada que me fez lembrar de muita coisa, de um tempo chamado antes, das várias cartas escritas e recebidas, da expectativa que já quase não existe mais em ir à caixa do correio e encontrar alguma carta, algum pedaço de alguém, algum pedaço de um coração deixado dentro de uma caixa de correio. Alguma coisa que não seja à conta do telefone, de luz, de água, do cartão... Alguma coisa mais humana, alguma coisa que possa salvar para algum tipo de humanidade. Uma peça que me fez lembrar de muitas pessoas, e como era bom conhecer pessoas por pedaços de papel.
Tudo que eu queria te dizer, teve apresentações no teatro Emiliano Queiroz, e agora está com temporada no teatro do Dragão do Mar com apresentação para a próxima sexta-feira 19 às 19h R$ 20,00/10, 00, e vale muito ser visto, tanto pelo texto, direção, atuações e música, quanto ao que a companhia está tentando fazer em criar um diálogo mais extenso e próximo entre eles e o público. É interessante a forma em que estão abertos a receber inclusive o público como co-produtores das peças.
Para mais informações quem quiser pode entrar em contato no endereço que a companhia tem, enviando cartas para Caixa Postal 2633 – Cep 60165-970 – Fortaleza – Ceará. Ou cialaitu@gmail.com
Escreva, existe sempre alguma palavra dentro de nós, presa, escondida, nunca revelada. Existe sempre alguma coisa a ser dita sobre algo vivido, ou algo que se deixou de viver. Experiências, vida que segue sem pedir licença, o tempo que passa e as pessoas que se conhece e depois nunca mais encontramos no resto da vida. Um amor de uma noite, um amor de carnaval, um amor para sempre e depois o sempre como algo sempre a ser procurado, e nunca encontrado. O melhor amigo que você tinha quando era criança, o que era para ser para sempre e nunca mais foi encontrado. Existe sempre algo a ser dito, existe sempre algo para falar para alguém. Existe sempre tudo aquilo que eu queria te dizer, mas que nunca disse. A carta escrita e nunca enviada. A palavra nunca proferida. Tudo. Tudo que eu queria te dizer.




















Tudo que eu queria te dizer
Cia. Lai-tu de Teatro
Elenco: Alexandra Marinho e Andréa Piol
Direção: Silvero Pereira
Direção Musical: Ayrton Bob Pessoa.
Música Original: Ayrton Bob Pessoa e Alan Mendonça.
Músicos. Ayrton Bob Pessoa e Glauco Leandro.
Figurino: Jô de Paula.
Cenário: Celina Hissa.
Iluminação: Walter Façanha.
Design Gráfico: Camila Campos.
Fotografia: Carol Veras.
Operadora de Luz: Luiza Emrich.
Produção: José de Ipanema.

sábado, 6 de junho de 2009

MATARAM O BILL!

Nesta quinta-feira passada foi encontrado enforcado o ator David Carradine. O que de início foi pensado pela polícia que teria sido um suicídio, agora se pensa que Carradine pode ter morrido por asfixia auto-erótica, mas ainda não se sabe ao certo.
De toda forma, gozando ou não, é mais um mestre que pediu para subir ou subiu sem pedir mesmo. Mais uma perda para o cinema.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

TESLA RULES, MEIRMÃO!

Depois do lançamento do livro de Klycia, Cleudes e Geórgia na Lua, eu, Fernanda, Estácio e Forad descemos para o Cantinho Acadêmico, bar lá no Benfica, e lá encontramos o Lá lá e outros amigos dele. Daí foram umas três horas de conversa. Tempão sem fazer isso com esse pessoal. Conversa que foi de zines, Literatura de Lua, encontros nesta Fortaleza, cinema faroeste e de gângster, pelo menos até eu sair de lá. E durante mais de uma hora o Forad concentrado contou a estória de Nicola Tesla, um tipo de gênio inquieto e incompreendido em sua época, assim como são os gênios. A Fernanda ficou interessada pela conversa e achou muitas coisas da estória um bocado tronchas, pediu para o Forad escrever tudo e mandar para ela publicar em seu blog Cousas Cousadas, Cousas Tronchas. O Cousas Cousadas... Era antigamente um fanzine que Fernanda publicava esporadicamente aqui no Forte. Virou um blog agora, e fica aqui a dica, os links para o fabuloso mundo de Fernanda Meireles e para os textos sobre o Tesla, um cara meio From Heel em questões de estudos que achava Albert Einstein um tanto vago, não ligava muito para essa coisa de mulher ou homens, só ligava para eletricidade. Um cara que criou um raio da morte para acabar com as guerras e morreu não muito bem. O texto foi dividido em duas partes; Tesla Ruuules- parte 1 e Tesla Ruuules- parte 2, aproveitem, se quiserem. Eu que escutei a conversa toda e ri muito em muitos momentos, fui ao blog para ler e lembrar de tudo. Vale também dar uma conferida na nova estória que Fernanda conta sobre bares, papel Higiênico e educação.




domingo, 24 de maio de 2009

PARA QUEM QUER DORMIR TRANQÜILO.



Quinta passada foi abertura da exposição “I’m Only Sleeping” da dupla Supercordas.


E é como está no fotolog Cidade Solar da Fernanda: “I’m Only Sleeping” É o nome da segunda coleção da dupla Supercordas e trata-se de 20 quadros também em versão postais. O tema é o Sono. Se deslinda ao público versando sobre esse mundo de sonho, pernas inquietas, sonecas compartilhadas ou não, travesseiros e pijamas de uma maneira lúdica, poética e bem-humorada. Na noite da abertura da exposição as obras estarão à venda: Quadro por 30 reais, Pacote com os 20 postais por 15 reais. Postal avulso por 1 real.


Dupla Supercordas?
Fernanda Meireles é escritora, fanzineira e professora.
Ayrton Pessoa Bob é músico, filósofo e desenhista.
As técnicas de desenho do Bob: nanquim, abajur, carvão, tule, aquarela, lençol, grafite e guache.
A técnica de escrita da Fernanda: soneca, sono R.E.M., vigília e resultado de acurada observação espontânea da absurda realidade, como a beleza da Margot se espreguiçando.






“I´m Only Sleeping” teve início quinta passada e vai ficar um tempo no restaurante Verde Lima, que fica na rua Joaquim Nabuco, 1283, Aldeota (próximo a av. St Dummont) Telefone: 3224.4807 http://www.verdelima.com.br/




Para mais contatos: postaissupercordas@gmail.com ou Fernanda Meireles – 8646.3534 ..... 3214.2373




e você pode ver o making off no Blog http://postaissupercordas.wordpress.com/




Bom sono.







quinta-feira, 21 de maio de 2009

HEY HO, LET´S GO!



Nesta sexta-feira vai ter RAMONESMANIA, tributo ao Ramones no Hey Ho Rock Bar, o ainda melhor bar para curtir um bom som aqui no Forte Fortaleza. Além da banda Macondo que irá tocar o som dos Ramones vai ter as bandas Lavage, Roadsider e Street 69, como você pode ver no cartaz.


E no sábado 23, vai ter Pin.Ups Party, com Gerard Presley mandando cover do senhor Elvis Presley, mais DJs , Thiago, Tatá Misfits e Xambs.
Festa e boa música não vão faltar no Forte Fortaleza neste fim de semana. Aproveitem.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

NA LUA.



Senhorita Klycia Fontenele lendo um trecho do livro Pedra e Flor, lançado terça passada na Literatura de Lua no Café da Lua Nova.
Muito legal, muito legal mesmo ter escutado da boca de quem viveu a estória na vida real, de quem transformou em ficção (Klycia) e de quem trouxe cores ao livro para amenizar as dores escritas no papel.




Cleudes Pessoa; quem viveu na carne a estória contada no livro. Geórgia Zaranza; quem trouxe cores as páginas da estória no livro. Nos autógrafos.
Flávia Oliveira, Carlos Alberto. Prestando muita atênção no que era dito.

Fernanda Meireles. Ganhando uma Pedra e Flor.





















sábado, 9 de maio de 2009

VAMOS NESSA!

E daqui pra pôco vai rolar lá no Mocó Stúdio; Dago Red, Jonnata Doll, mais os DJ´s Too Bad, Bass Man 60 e Robério Augusto, front Man da Dago Red. Com certeza a Dago Red vai fazer um show muito bom. Já faz um tempo que não os vejo nos palcos, e o Jonnata também.

E por falar em quem eu não vejo a muito tempo... Próxima terça-feira 12/05/09 vai ter Literatura de Lua com a senhorita Klycia Fontenele falando sobre seu livro Pedra e Flor - que foi lançado dia desses-, a partir das 18:00 horas.

A Literatura de Lua acontece no Café da Livraria Lua Nova que fica na 13 de Maio, em frente ao Shopping Benfica toda terça - das 18h às 20h. E como não vou lá faz é tempo e perdi o lançamento do livro da Klycia, vou tentar aparecer por lá nesta terça e ouvir o que a moça tem a falar sobre seu livro e outras literaturas.

Vamos nessa.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

TRI X TRI







Tirando a bunda molice do Fortaleza contra o Flamengo – tudo bem que já saíram tri do jogo domingo passado com o ceará, e neste jogo de ontem dentro de casa levando 50 mil pessoas para o estádio, agente já sabia que não ia ser goleada, mas facilitar tanto assim! Sei não Leão, sei não. De toda forma, foi bonito ver o gigante de concreto Castelão lotado geral com a rapeize cantando em corro enquanto batia palmas “Fortaleza, nós gostamos de você!”. Um bom jogo sem grandes rivalidades, só diversão de um povo que queria ver bola na rede.

terça-feira, 28 de abril de 2009

E NESTE SÁBADO À NOITE...

... Vai ter Montage e Plastic Noir no velho e bom Hey Ho Rock Bar a partir das 21 horas, lançando essa tal de “Rede Ceará de Música” que eu não sei nem o que é, mas que para descobrir, a melhor forma é chegar por lá e conferir as performances de Daniel Peixoto com sua Montage e o Gótico Pós punk da Plastic Noir, uma mistura que vai ser um tanto interessante pode se dizer. E na discotecagem ainda os Dj´s Babuê e DENISDEAD.
Então rapeize, chamado geral para comparecer por lá e curtir um bom som.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

COMUNICAÇÃO CAÓTICA.

En Passant, peça escrita por Rafael Martins, trata dos gritos e das impossibilidades comunicativas no ser contemporâneo, o que se quer falar e o que não se consegue dizer a partir de palavras, o caótico que por vezes é se mostrar para alguém. Um homem e uma mulher que se conhecem nos balanços de uma praça em uma madrugada, o que eles teriam a dizer um ao outro? O que conseguem a partir de uma gagueira caótica é uma comunicação difícil com pensamentos atrapalhados, por vezes engraçados, outras horas tristes, melancólicos. Que ruído existe dentro de você sem que consiga externá-lo? Que grito guardado existe dentro de você? Qual seu som?
Dirigido por Jadeilson Feitosa que também atua junto com Milena Pitombeira, En Passant é um belo tipo de grito, uma gagueira, um balbucio onde as sensações pulsam do palco para quem está na platéia. Ficará em cartaz no BNB até amanhã, nos horários de 16h e 18h30. É bom não perder.
E para ler mais sobre a peça, venha no Teatro e Cia.
En Passant
Autor, criação de trilha sonora e fotografia: Rafael Martins.
Diretor: Jadeilson Feitosa.
Cenografia e figurino: Yuri Yamamoto.
Produção: Mário Alves.
Elenco: Jadeilson Feitosa e Milena Pitombeira.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

NA CIDADE, ÀS VEZES.

SOBRE AS CIDADES.

Está em amostra no Centro Cultural Banco do Nordeste a exposição “Rastilho”, que traz os três artistas André Komatsu (SP), Marcelo Cidade (SP) e Yuri Firmeza (CE/SP), com vídeos explorando a temática urbana.


Quantas cidades existem dentro de você? Você vive realmente na cidade onde morra?

Divagações, explorações nos centros urbanos, caminhadas, intervenções... A cidade como tema principal, a cidade como corpo, o ser e a cidade, o espaço urbano demarcado no corpo de quem vive na cidade. Com a curadoria de Paula Dalgalarrondo os três artistas mostram seus pontos de vista sobre assuntos urbanos, que por vezes tanto nos tranqüilizam quanto nos amedrontam. Vejam os vídeos “Oeste – Até Onde O Sol Pode Alcançar” e “Corpo Duro” de André Komatsu. A exposição ficará no BNB até 26 de Abril. Aproveite.

FANZINES.



Rever a exposição Rastilho me fez recordar que nessa semana desencavei algumas coisas do passado em um momento de rara nostalgia. Já que quase nunca sinto falta de pessoas, mas sim de épocas da vida, nesta semana relembrei dos tempos de criações “zinísticas” e desencavei do fundo de minha caixa com fanzines, muitos zines lançados aqui na Cidade Solar Forte Fortaleza. Um dos zines reencontrado foi este aí à cima “... Da Primeira Vez Era Cidade” da menina Lara Vasconcelos, que tinha como tema a cidade, alguns anseios sobre, questionamentos e pontos de vista.


AINDA SOBRE ZINES.

Eu tinha falado para mim mesmo que não gastaria mais tempo nem muito menos dinheiro para criar fanzines outra vez, mas por estes dias acabei caindo em tentação e terminei o “Entrada Livre”, zine que comecei a fazer a não sei quanto tempo atrás, mas só agora realmente terminei-o. Gastei algumas cédulas com cópias, mas acho que ainda farei umas mudanças. De toda forma, se um dos dois leitores ou um outro alguém que por acaso ou acidente ou indicação minha vier cair neste blog tiver algum interesse em fanzines e quiser um “Entrada Livre”, é só deixar algum comentário com endereço que mando o zine via correio. Ou esperem que um dia coloco aqui no blog mesmo.


AINDA SOBRE A CIDADE... E TEATRO.


Estão em cartaz no Teatro Emiliano Queiroz as peças “Tá Namorando! Tá Namorando!” e “Pornográficos”, ambas dirigidas por Yuri Yamamoto, nos sábados e domingos deste mês. E como Yamamoto é muito fera e mais ainda quando trabalha com textos de Rafael Martins (Pornográficos) é claro que irei ver e rever as peças.





domingo, 12 de abril de 2009

ROOOOCK, PARA COMEMORAR.



Autoramas, com super clipe de Você Sabe, música do disco “Nada Pode Parar Os Autoramas” que nesta época ainda estava com a sempre inesquecível Simone do Vale.

Rooooooock de primeira que já tive o prazer de ver ao vivo aqui no Forte. Que inclusive estará aniversariando amanhã.

Vídeo dedicado para a Ju, que levou meu disco dos Autoramas e ouviu essa música até quase arranhar.

domingo, 5 de abril de 2009

UMA SENHORA DO GELO.

Molhada ainda de marinhos ventos, a Casa de Água guarda a respiração dessa mulher que anda, num estado de vidência órfica, da varanda ao quarto; do quarto à sala de música; e dali ao sono. Atrás dos muros de todas as casas de Villa da Concha há sempre uma roseira-branca que desfolha a chuva. Olor fino de chá. A essência de Krishna: Krim. Dentro do sono da mulher que respira inicia uma outra Casa de Água – a do sonho – que vence as chuvas contrárias e navega ao longo de uma restinga onde, naquela duna, escutamos um espírito que pronuncia: “Os hindus costumam dizer que existem árvores que podem ser chamadas de Kalpvrakshas – senta-se sob elas e tudo o que se deseja é satisfeito sem intervalo de tempo”. Inspirado pelo dito oriental, deito sob uma oliveira e peço ao meu coração que nade num trevo de quatro folhas.”

Trecho da novela “A Senhora do Gelo” escrita por Fernando José Karl.
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Conheci a literatura de Karl quando li poemas seus na revista Coyote, e de imediato senti que teria que conhecer sua literatura. Depois de algum tempo e alguma insistência minha, Karl me enviou sua novela via e-mail para eu ler. Uma novela escrita em uma prosa poética inspiradora sobre um homem escritor do tempo, e uma mulher que mora em uma casa de água dentro de um vilarejo perdido em algum tipo de paraíso suspenso pela palavra, pelo sonho, pela lágrima.

Quem quiser, pode ler aqui a novela “A Senhora do Gelo” de Fernando José Karl, que também navega em seu suspenso blog Nautikon.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A INVISIBILIDADE CULTURAL SEGUNDO A INTUIÇÃO DE UM PARANÓICO CRÍTICO

INVISIBILIDADE CULTURAL
O estado de isolamento da literatura, da cultura do Ceará como um todo é tão intenso neste país que o único escritor contemporâneo citado pela grande mídia como cearense não reside no seu estado de origem há 30 anos: o médico Ronaldo Correia de Brito. Ele é praticamente quase um pernambucano da gema, pois reside mesmo é no Recife, contente, feliz e produzindo sempre por lá, sem nenhum vínculo com o Ceará, totalmente aderido ao movimento intensivo da cultura pernambucana. Caso morasse por aqui seria invisível. Ainda mais: em recente nota na Carta Capital, o Cidadão Instigado, grupo de música experimental, fortalezense visceral, foi chamado de recifense!E ficou por isso mesmo. Percebendo isso, a Secretaria de Cultura do Ceará vem realizando fóruns específicos com os artistas de todas áreas para reverter essa situação o quanto antes e de uma vez por todas. Dessas reuniões importantíssimas surgirão mapeamentos-de-estratégia para uma ação vital de modificação desse panorama de invisibilidade.

Intuição de um paranóico crítico
No plano editorial, nenhum escritor ou poeta cearense de qualidade, contemporâneo, vem sendo publicado por qualquer das grandes editoras brasileiras. Ana Miranda, que nunca viveu aqui-somente a infância e olhe lá - não conta. Agora, merecidamente famosa, veio refugiar-se na bela e inspiradora Prainha. Os mortos também não contam. Patativa do Assaré, Rachel de Queiróz, José de Alencar e outros poucosos restantes que ainda são publicados são todos do século XIX já que autores da mesma importância tais como Jáder de Carvalho, Moreira Campos, Aluísio Medeiros, Fran Martins, Durval Aires, Antonio Girão Barroso, Juarez Barroso, todos igualmente mortos, não são mais conhecidos por ninguém que freqüente as livrarias, os jornais, o rádio, a televisão, e a própria internet. Como explicar essa segregação real de nossa literatura e cultura no plano nacional? Haverá um plano maquiavélico midático de só comentar cultura brasileira até o estado de Pernambuco, que serve de ponto final, de muralha? E depois?

ASSIM NÃO DÁ!
E depois?Depois a mídia, as editoras pulam um espaço cultural de milhares de quilômetros, vão até Manaus, e pescam das profundidades do Rio Negro o talentoso, melodioso boto róseo Miltom Hatoum. Escritores cearenses que moram no RJ também não valem como prova de inserção na mídia, nas grandes editores. No caso, Adriano Espínola, por ex, já que uma escritora de enorme talento que mora há décadas no Rio de Janeiro como Maria Hilda Gouveia de Oliveira jamais é sequer mencionada. Exemplo novo concreto: nesse longa metragem de Helena Solberg e Marco Debellan, Palavra Encantada, nenhum grande letrista cearense como um Fausto Nilo, ou um compositor-cantor-letrista como Belchior, Ednardo, sem falar nos mais novos como o próprio Catatau, foi sequer convidado para participar dessa bela encenação cinematográfica que também, infelizmente é incompleta, omissa, e portanto, segrega mesmo parecendo não querer.Terminam o mapeamento novamente em Pernambuco com o Liminha e Lenine. Parece que existe mesmo um encantamento.

Não cometam Podas de Poesia uma outra vez
E quando forem fazer um filme sobre POESIA FALADA como o Chacal já está amplamente sugerindo num texto que escreveu-inseriu no site do Palavra Encantada na web entrem pela seção Notícias deste heterodoxo Cronópios-, se forem dessa vez de novo omitir nesse FILME o largo movimento Rodas de Poesia atuando desde 1999, o Massa-Nova, as Zonas Poéticas Liberadas as famosa ZPLS, o Jiriquiti, os Poemas Violados, os poetas da Praça do Ferreira e tantos outros daqui do Ceará, não haverá mesmo nenhuma outra explicação para esse desfato e desfeita do que a franca e honesta discriminação. Sistemática, geograficamente orientada. Essa omissão da palavra cantada cearense neste filme de Helena Solberg e cia prova no mínimo falta de cultura musical, de sensibilidade cultural. A omissão no filme de depoimentos-apresentações-perfomances de um Fausto Nilo, de um Antonio Soares Brandão, de um Ednardo e de um Belchior é simplesmente inaceitável! O Ceará foi guetalizado: ninguém mais entra , ninguém mais sai?

Carlos Emílio Correa Lima Barreto
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Estes textos originalmente foram publicados no café do site Cronópios. Os recebi via e-mail do escritor Carlos Emílio já faz um tempo, mas penso que ainda vale reproduzi-los aqui no blog para outros cearenses e para outros que daqui não forem e que ainda não leram.

quarta-feira, 25 de março de 2009

MARCAS DE ÓDIO NA SEXTA-FEIRA 13



Na foto acima, os rapazes da Brand New Hate, que tocaram aqui em Fortaleza no Hey Ho Rock Bar na sexta-feira 13 deste mês de março.


Realmente uma noite bem estranha. Os guitarristas quebraram cordas de suas guitarras, o vocalista mandou o microfone pra fora do palco no meio de sua performance. Tocaram para um público pequeno é certo, mas fizeram muito barulho bom naquela noite. Quem tiver interesse de ouvir o som da banda pode baixar aqui o EP Get Burned, ou então se preferir pode vir aqui no Trama Virtual. Vale muito a pena.











Essas fotos e outras da rapeize que estava no Hey Ho saíram no site Brazil by Night. Veja só que chique!


quinta-feira, 12 de março de 2009

BARULHEIRA NO FORTE

Nesta sexta vão tocar as bandas Plastic Noir, Brand New Hate (RN), Videoteipe e Carango Abacaxi no festival Nordeste independente no Hey Ho Bar. Plastic Noir faz um som bem influenciado pelo pós-punck e o gótico, já as outras bandas eu ainda não conheço. Então o negócio é ir e ver ao vivo ou ficar em casa.


E por falar em show, dia 15 de Abril vai ter show da banda londrina Motörhead aqui no Forte Fortaleza, lá no Arena – longe pra caralho, de tudo- e quem vai abrir a barulheira são The Knickers e Matanza. Sei não, mas mesmo não sendo muito fã das bandas é uma puta chance de conferir Motöhead e Matanza juntos quebrando tudo aqui nesta cidade.


Na notícia que li os portões serão abertos às 18 horas, The Knickers tocarão às 20 horas e Matanza às 21 horas, em seguida Motörhead as 22h30, mas sabe como é, nunca confie em horários para shows de rock, eles sempre atrasam muito. O primeiro lote de 300 ingressos vai estar por 50 reais, o segundo com 400 ingressos por 60, o terceiro lote por 70 reais até dia 14 de Abril, e para quem for comprar na hora o preço vai estar de 80 reais. As vendas tiveram início dia 07 de Março e podem ser encontrados nas Lojas Kangaço – Fone de lá: 3254-2993. Vale conferir para ver se todas estas informações que escrevi estão certas, ouvi de terceiros e por alto.

terça-feira, 10 de março de 2009

PERGUNTAS E RESPOSTAS
























Depois de muito tempo o cineasta Danny Boyle me chegou com uma estória maravilhosa em "Quem Quer Ser Um Milionário?" A estória de Jamal K. Malik (Dev Patel) um jovem que trabalha servindo chá e que resolve participar de um programa de perguntas e respostas para concorrer a muito dinheiro. Um jovem que ganha o prêmio respondendo certo porque já viveu todas as perguntas possíveis.
Com uma estória sincera e bonita, Danny Boyle faz refletir que a vida quase sempre é um jogo de perguntas e respostas.



sexta-feira, 6 de março de 2009

É HORA DE DIZER FIM.

11 de Dezembro de 2008 - por Cassius Medauar

Caro leitor,

Escrevo para comunicar a minha saída da Pixel. Os rumos tomados começaram a ser bem diferentes dos planos que tínhamos no começo e eu acabei não me encaixando mais nos planos da empresa.

Continuarei dando consultoria para a Pixel na parte Editorial.

Quero agradecer a todos que acompanharam o meu trabalho desde julho de 2006 na Pixel, os que participaram do site, da comunidade, que elogiaram, criticaram, sugeriram. Vocês ajudaram a gente a fazer uma editora melhor.

Por enquanto não estou indo para nenhuma outra empresa, vou apenas aproveitar as festas de final de ano com minha família, curtir umas férias, e quem sabe no futuro volto a trabalhar nesta área de quadrinhos.

Muito obrigado. Abraço a todos.

Cassius Medauar
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Com essa notícia o editor Cassius Medauar se despediu da editora Pixel. Isso foi ano passado, e eu só vim ver agora antes do carnaval. Esperançoso e preocupado com problemas pessoais, pensava que o atraso da Pixel Média Magazine era um simples atraso. Agora, é como se voltássemos a um tempo antes da roda, já que a Pixel Média que chegou a sua vigésima primeira edição era simplesmente a melhor publicação de quadrinhos no Brasil. Títulos como Planetary, Promethea, Hellblazer, Freqüência Global... Passaram pelas páginas da revista, e agora fãs dos títulos ficam órfãos sem uma publicação com competência para trazer tão boas estórias em quadrinhos nas bancas. A tentativa de esperança é que mesmo sem Medauar a editora ainda possa vir a lançarem encadernados ou continuar com as revistas, até porque ficaram incompletos os arcos de estórias de Constantine, Y - O Último Homem e Ex Machina. Vale lembrar também que a Pixel Média tinha a "revista irmã” Fábulas, que estava trazendo as estórias de Sandman, Astro City e outros, e que também ficou prometido os encadernados Prelúdios Noturnos volume 2 de Sandman, e Hábitos Perigosos de Constantine . Quem sabeisso das revistas continuarem possa acontecer, mas sem Medauar na direção editorial acho difício.