domingo, 4 de janeiro de 2009

"...o caçador sorria de um modo amistoso..."


Como já dito de maneira delirante, é possível fazer com que as pessoas tomem gosto e se envolvam com a leitura.

Eu achei que não fosse pegar por aqui. Li uma matéria sobre a interessante história da dona de casa americana que fez fortuna com um livro de vampiros e pensei: " Eu sabia que seria possível...", mas quando dei por mim, a saga de Bella e Edward já tinha era virado febre.

O que é mais interessante e positivo em tudo isso é que tenho ouvido poucas críticas. Até onde eu saiba, ninguém ficou com o chatíssimo papel de analisar o conteúdo do livro. Deixaram passar numa boa, sem aquela de: "Isso não é literatura,é caça-níqueis!" Das duas, uma: ou pouca gente por aqui leu o livro (mais provável) ou é por que finalmente a galera está deixando de lado certos preconceitos bestas e começando a ver que a situação da leitura no país é crítica e qualquer esforço no sentido de fazer esse povo abrir um livro é bem vindo. Tomara que seja o segundo caso. Uma vez ouvi um menino conhecido meu falar:" Eu só assisto filmes dublados! Assistir filmes legendados é a mesma coisa que ler um livro...e eu odeio livros..."

Assim, estamos fazendo tudo direitinho. Do jeitinho que ELES querem.


De qualquer forma, a história do vampiro relutante e da menina que consegue ser mais estranha que os vampiros é muito legal! Além de ter um romantismo pueril e bem colocado como há muito não se vê, a autora Stephenie Meyer acrescenta detalhes curiosos na lenda como o artifício evolutivo que o vampiro supostamente adquiriu de tornar-se o mais atraente possível para ser o mais eficaz matador. Os desavisados como eu vão assistir o filme achando que Edward Cullen é bonitinho assim só pra caçar ingressos das menininhas.Hehehe, entendeu?! É...desculpe.


Bem, no mais, acho que Crepúsculo, assim como Harry Potter pescou muitos leitores em potencial. Confesso que ainda não tive tempo de ler os dois livros já lançados aqui, mas estou muito curioso, pois o livro é (quase)sempre melhor do que o filme. Quanto ao filme, é muito bem dirigido e tem trechos muito emocionantes como a cena do incrível jogo de baseball dos Cullen. Já que Hollywood não oferece roteiros originais, alimentando-se vorazmente da literatura, dos quadrinhos e das seqüências e remakes, o mínimo que se pode esperar é que eles façam a coisa bem direitinho.


Eu fico imaginando o que outras Stephenie Meyers devem estar escrevendo nos seus momentos livres...

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